Há muitos séculos, os gregos cercaram tróia. A luta foi muito longa e eles começavam a ficar aborrecidos. Até que Palamedes, chefe dos gregos, inventou um jogo. Não, não foi o xadrez. Foi a Petteia, jogo que prendeu a atenção dos soldados, aborrecidos com a resistência dos troianos. Pensa-se que este jogo era uma espécie de xadrez e ganhou logo grande populariedade.
No entanto, nem todos aceitam Palamedes como o criador do xadrez. Outra teoria é de que foi Sissa, o ministro dum príncipe muito orgulhoso. Sissa quis dar uma lição ao seu senhor e mostrar-lhe que nada era sem o apoio do seu povo. Após muito pensar, o ministro inventou um jogo no qual o rei precisava do apoio das outras peças para ganhar. Feliz com o jogo, o príncipe quis recompensar o inventor. Sissa pediu-lhe um grão de trigo para a primeira casa, dois para a segunda, quatro para a terceira e assim em diante, sempre duplicando até à última casa. O príncipe achou fácil o pedido, porém acabou por ver que teria de dar a Sissa 18.446.744.073.709.551.615 grãos de trigo, o que equivalia a encher todos os continentes da Terra com searas. Então Sissa renunciou ao pedido, que sabia que era impossível, e explicou ao príncipe a ideia que tinha tido ao inventar o xadrez. Este, cheio de gratidão, nomeou-o primeiro ministro e conselheiro.
Da Índia, o jogo chamado Chaturanga (e não xadrez) foi levado para a Pérsia, onde foi popular. Posteriormente, os árabes, ao conquistarem aquele país, ficaram de tal maneira entusiasmados com o jogo que o trouxeram para a Península Ibérica, quando a invadiram. Daqui, o xadrez espalhou-se para toda a Europa.
Os árabes foram os primeiros a escreverem livros só dedicados ao xadrez e que compuseram os primeiros problemas de xadrez, mais ou menos como aqueles que vemos no xadrez.
Aprendendo com os árabes, os habitantes da Península Ibérica desenvolveram o xadrez. Os primeiros grandes jogadores foram os espanhóis e um português.
Em 1230, o rei de Castela e Leão, Afonso X «O Sábio», escreveu um livro chamado «El Libro de Los Juegos» no qual incluiu um capítulo inteiro dedicado ao xadrez, «Libro del Ajedrez». Ainda hoje, o libro está na Biblioteca do Escorial, nos arredores de Madrid. Em cada página, há uma pintura que representa um problema e por baixo a explicação.
Porém, nem todos gostavam do xadrez. O cardeal de Óstia, Petrus Damiani, que viveu na Itália no século XI, comparou o xadrez aos jogos de azar e proibiu a sua prática, principalmente aos religiosos.
O xadrez, como o conhecemos, só apareceria em 1497, quando o espanhol Juan de Lucena escreveu um livro de nome curioso: Repetición de amores e arte de Ajedrez».
1 comentário:
Ainda não acabei a postagem, para a conclusão esperem um pouco.
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