4ª Ronda - GDR Os Amigos de Urgezes 3 x 1 AC Alfenense
Mais um encontro e mais uma vitória. Estamos mesmo imparáveis!!! Já avisei a mulher para não se pôr à minha frente, senão atropelo-a. O problema é que ela não me liga... Vamos ver como é que correram os jogos.
Ao contrário do habitual, desta vez despachei-me. O jogo foi contra o António Bastos Pintor, e eu ganhei alguma iniciativa desde a abertura. Ao lance 18 transformei a iniciativa num peão e o ataque continou até chegar aqui
E pelo menos desta vez não perdi a oportunidade de jogar um lance bonito. 25. Cxe5! acaba com o jogo. A posição final é tão bonita que merecia uma fotografia! E tirei mesmo a foto!
Não muito depois, o Mestre (a nossa nova alcunha carinhosa para o Paulo) colocou o placar em 2-0. Os jogadores seguiram uma longa linha teórica que dá um jogo muito difícil para as pretas. Só ao lance 18(!) apareceu uma posição nova no tabuleiro, mas parece-me que, nesta altura, já as brancas tinham o ponto no bolso. Vejam:
Seguiu-se 17. Cb5 a6 18. Bb6 Dd7. Pouco depois a superioridade posicional das brancas transformou-se em superioridade material e o jogo não teve mais história.
O jogo do João foi bastante calmo e acabou num empate, o que nos serviu bem para garantir a vitória no encontro. Mesmo de pretas, o João teve sempre alguma iniciativa, e nesta posição poderia ter mesmo ganho mais algum ascendente se tivesse jogado 15...Bf6.
As pretas preferiram atacar no flanco de dama com 15...a5. As brancas foram conseguindo suster o ataque e depois de várias trocas chegou-se a um final de bispos de cor contrária completamente empatado.
O jogo que teve mais peripécias decorreu no tabuleiro 4. O Rui Rasteiro fez a sua estreia na prova e amealhou meio ponto. Podia ter sido mais, mas também podia ter sido menos. Vejam algumas posições da partida. De brancas joga o José Pintor.
O Rui começou melhor a partida e ganhou um peão. Poderia ter defendido o peão com ...b5, mas preferiu fazê-lo com peças, o que lhe provocou algumas dificuldades.
Aqui as brancas falham o ganho de uma peça com 20. Cxc5 Txc5 (20...Dxc5 é igual) 21. b4!
Aqui são as pretas que podem simplesmente jogar 22...Dxd6, ganhando um 2º peão, porque depois de 23. Dxa5, 23... Tc5 recupera a peça.
O jogo não teve só momentos menos conseguidos. Aqui as brancas colocam uma armadilha para as pretas. O último lance das brancas foi 25. Da3. Se as pretas tomam o cavalo, é mate em 6, começando por 27. Tf8+! ou 27. Df8+!! E as pretas viram a armadilha e jogaram, correctamente, 25... Dc5!.
As pretas chegaram a ter uma vantagem de 3 peões num final de torres, mas permitiram que as brancas dobrassem as torre na 7ª fila, alcançando o empate. Depois disso, ainda possibilitaram que esta posição fosse atingida.
A forma mais simples de ganhar é com 43. Tgc7. Felizmente para o Rui, as brancas ficaram-se pelo xeque perpétuo. O empate acabou por ser justo desfecho para um jogo de altos e baixos.
Tab. | GDR Os Amigos de Urgezes | 3 - 1 | A. C. Alfenense |
1 | Paulo Pinho | 1 - 0 | Francisco Assunção |
2 | João Carlos Costa | ½ - ½ | Hugo Soares |
3 | Alexandre Mano | 1 - 0 | António Bastos Pintor |
4 | Rui Rasteiro | ½ - ½ | José Pintor |
Foi a nossa 4ª vitória em outros tantos encontros, mas agora falta-nos defrontar os actuais 4º, 3º e 2º classificados, por esta ordem. Tudo por jogar, assim, mas estamos confiantes. CARREGA URGEZES!!!
2 comentários:
Mais um excelente resultado e uma excelente croniqueta. Agora só falta a ponta final (bem complicada, por sinal!), mas só dependemos de nós.
Só uma pequena observação, Mestre não é apenas "a nossa nova alcunha carinhosa para o Paulo". Ele é mestre também porque conseguiu o título de Mestre Nacional (com muito esforço, certamente)...
No último diagrama as brancas não têm mate imparável?
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