sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ecos do 1º Congresso de Xadrez Pedagógico dos Países de Língua Oficial Portuguesa (IV)


Efanor

Tal como as disciplinas nobres, o xadrez no colégio Efanor, é de frequência obrigatória. Faz parte do currículo do colégio e previsto no seu projeto educativo. A disciplina tem um currículo, tem avaliações periódicas, as faltas dos alunos contam para a taxa de absentismo e são sujeitos a avaliação formal no final de cada período.

Desde a educação pré-escolar, com entrada aos 3 anos, até ao 2º CEB, o ensino do xadrez é transversal.

A população de 360 alunos já vê no xadrez uma mais valia, que lhe é oferecida pelo colégio.


tábua dos 100

A tábua dos 100 assemelha-se a uma tabuada e ensina o aluno a reconhecer padrões principais como sejam a unidade e as dezenas. Pode-se brincar com esta tábua imaginando por ex. que se coloca uma Torre na casa 44 e perguntar ao aluno por que casas passa no seu movimento horizontal? E no seu movimento vertical?

E se substituir por um Bispo? Quais as casas que essa peça controla na diagonal?

E complicando um pouco mais substituindo por um Cavalo? Que casas pode controlar o Cavalo se estiver colocado na casa 44?

Isto desenvolve aquilo a que se designa por memória visual. Segundo João Cálix o conhecimento não é estanque. As coisas estão todas interligadas. É difícil definir o que é inteligência. O que há são competências e estas trabalham-se.

Por exemplo em vez de se dizer que C. Ronaldo é inteligente é mais correcto dizer que é competente na sua área específica. Para desenvolver e refinar a sua técnica C. R. dedicou e continua a dedicar muitas horas de treino. Do mesmo modo no xadrez não basta um jovem ser talentoso. Se quiser evoluir e chegar a Mestre terá de estudar muito e competir com frequência para desenvolver as suas competências.

Continuaremos, nos próximos dias, a revelar neste blog mais algumas experiências e reflexões partilhadas neste 1º Congresso de Xadrez Pedagógico.

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